Que o café faz parte da vida do brasileiro não é novidade. Mas duas variedades do fruto ganham ainda mais destaque na produção e no consumo por aqui. Siga com a gente e conheça em detalhes os cafés arábica e robusta!
A história e a produção do café arábica
Existem várias histórias que versam sobre a origem do café arábica, e uma das mais disseminadas é a de que, há mais de mil anos, um pastor de cabras da Etiópia percebeu que seus animais ficavam mais agitados após ingerirem um tal fruto ainda desconhecido da população.
Ao notar o fenômeno, ele decidiu consumir o fruto e também experimentou a energia oferecida por ele, espalhando a novidade entre outras pessoas. Lenda ou não, fato é que os etíopes consumiam o café de várias formas, inclusive a polpa e as folhas.
Porém, foram os árabes que se destacaram pelo plantio e preparo do café como conhecemos hoje. Os monges, aliás, usavam a infusão do café para ganhar energia durante as meditações e orações. E foi no Iêmen, na Península da Arábia, que o café começou a ser produzido com objetivos comerciais.
Após ganhar fama, o café chegou à Europa, onde era chamado de “vinho da Arábica”, dando origem ao nome da variedade que bebemos até hoje. Por fim, o fruto ganhou também a América e, por volta de 1720, chegou ao Brasil, que atualmente é o maior produtor de café do mundo.
Hoje, o café arábica é produzido principalmente no leste da Ásia, na África do Sul e em países da América do Sul e América Central. No Brasil, as áreas de cultivo costumam ficar em grandes altitudes, entre 610 e 1.800 metros acima do mar, e com temperaturas entre 16 °C e 24 °C, consideradas amenas.
A origem do café robusta e sua relevante produção no Brasil
A espécie Coffea canephora é nativa da África e se divide em dois grupos: o chamado café robusta, de origem no Congo, e o café conilon, originário na Guiné. Porém, apesar de apresentarem diferenças, como o porte e a tolerância à seca e a algumas doenças, os dois costumam ser tratados de forma única.
Atualmente, essa espécie é cultivada no sudeste da Ásia, na África Central e Ocidental e em algumas regiões das Américas, onde o Brasil se destaca. Em solo brasileiro, ele é cultivado em áreas de menor altitude e em regiões quentes e úmidas, nas quais a temperatura média fica entre 22 °C e 26 °C.
É uma espécie com maior resistência a pragas e doenças e bem adaptada ao clima quente, o que torna a produção abundante e, por consequência, faz com que o produto seja mais barato do que o café arábica, o mais produzido no Brasil.
Os diferenciais de sabor e aroma do café arábica
Por se desenvolver melhor em grandes altitudes e em temperaturas amenas, e também por ser mais suscetível a doenças e pragas do que o café robusta, o café arábica exige mais cuidado no cultivo e no manejo, o que reflete no seu preço, um pouco mais caro.
O sabor e o aroma, no entanto, compensam o investimento: considerado um café mais fino, o arábica apresenta aroma em diferentes notas, como frutadas e florais. Além disso, é por si só um café mais doce e com uma leve acidez também muito apreciada.
Ele se destaca, ainda, por apresentar teor menor de cafeína, que fica entre 0,8% e 1,4%, enquanto o café robusta, por exemplo, varia entre 1,7% e 4%. Isso torna o café arábica mais suave, o que agrada a vários paladares, inclusive de quem não está habituado a tomar café sem açúcar.
O cultivo em grandes altitudes e temperaturas amenas, aliás, é essencial para se obter o aroma e o sabor únicos desse café: nessas condições, os grãos concentram uma quantidade maior de minerais, uma característica que contribui para acentuar essas características da bebida.
E esse tipo de café também faz bem à saúde: a torra leve preserva os antioxidantes, substâncias que protegem as células contra os efeitos dos radicais livres e, assim, contribuem para melhorar a imunidade e combater doenças, como Alzheimer, alguns tipos de câncer e artrite reumatoide.
Alto teor de cafeína e aroma intenso são marcas do café robusta
Uma das características mais marcantes do café robusta é o alto teor de cafeína. Enquanto o café arábica apresenta nível de cafeína entre 0,8% e 1,4%, o do café robusta varia entre 1,7% e 4%, mais que o dobro da principal variedade cultivada no mundo.
Essa característica, inclusive, é interessante para quem busca aproveitar os benefícios da cafeína para a saúde. Afinal, uma concentração maior desse componente oferece efeitos mais rápidos no organismo, como em relação à melhora do humor e ao ganho de energia, que é ideal para o café pré-treino.
O alto teor de cafeína, é claro, também impacta no aroma intenso da bebida e no sabor forte e marcante que a tornam única. Aliás, enquanto no café arábica o índice de açúcares naturais varia de 6% a 9%, no café robusta, esse número fica entre 3% e 7%, o que também explica o amargor predominante nas bebidas produzidas com o fruto dessa espécie.
Além disso, o grão do café robusta promove um líquido encorpado, cujo sabor persiste no paladar, e uma bebida muito cremosa. Justamente por isso, esse tipo de café é muito usado em blends de café expresso e em cafés solúveis que se destacam pela cremosidade, por exemplo.
Café arábica é o único usado em cafés especiais e gourmet
Por todas as suas características, o café arábica é o mais produzido no Brasil, representando 64% de toda a produção nacional, e o mais consumido no país e no mundo. E vale destacar que ele é o único usado para a fabricação de cafés do tipo gourmet e especial, este último avaliado em relação a vários quesitos, como aroma, sabor, acidez, corpo e harmonia, gerando bebidas que surpreendem paladar e olfato.
E o preparo desse tipo de café pode ser feito de diversas formas, com o tradicional coador de pano ou de papel e a prensa francesa, por exemplo. Assim, você extrai o melhor do seu café arábica do jeito que preferir, com praticidade e a manutenção das características que tornam essa bebida tão singular!
Café robusta é muito usado em blends
O café robusta, que se caracteriza pelo sabor forte e intenso, é destinado principalmente para uso como café instantâneo e para a produção de blends com outros cafés. Nos blends, os grãos dessa espécie são misturados aos do café arábica, somando as melhores qualidades das duas variedades.
Entre os blends, o que varia é a quantidade dos diferentes grãos em sua composição, o que promove sabores e aromas diferentes e capazes de agradar a todos os paladares, seja para quem prefere um café mais adocicado, seja para os amantes do café mais amargo.
A mistura do café arábica com o café robusta também é boa para o bolso: o consumidor que prefere o arábica, por exemplo, pode apreciá-lo por um preço mais em conta nos blends com o robusta, já que por ser um café fino, o arábica costuma ter um preço mais alto.
Mas com essa variedade de cafés, uma coisa é certa: tem para todos os gostos, tanto em relação às variedades quanto aos métodos de preparo, como o café solúvel, o café expresso e o tradicional café coado que, aliás, é o preferido dos brasileiros!
Cafés arábica e robusta: opções para todos os gostos
Entender as diferenças entre os cafés arábica e robusta pode ajudar você a apreciar melhor essa bebida tão amada. Afinal, como vimos, cada variedade oferece características únicas que podem ser exploradas de diversas maneiras.
Mas lembre-se: a qualidade do café é essencial para uma experiência completa. Por isso, opte por cafés de alta qualidade, como as opções oferecidas pelo Café América, e descubra qual tipo é o seu favorito. Acesse nosso site e faça seu pedido hoje mesmo!
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