Figurando tanto entre os produtos mais comercializados quanto entre os mais consumidos no mundo todo, o café já é parte indispensável da rotina de milhões de pessoas. Trata-se de uma das poucas bebidas capaz de agradar “gregos e troianos”, e essa ampla receptividade se deve, em grande parte, às quase infinitas variações que existem quando o assunto é o sabor do café!
Afinal, é cada vez mais fácil apreciar o café em suas mais diversas variações: pela internet ou mesmo em cafeterias especializadas, é possível ter acesso a grãos de regiões exóticas, experimentar diferentes técnicas de preparo e, assim, desbravar esse universo de aromas, texturas e sabores.
Mas, apesar de tanta história e possibilidades de consumo, a verdade é que nem todo mundo sabe como é obtido o tão característico sabor do café — ou quais variáveis influenciam nesse fator. É por isso que, neste artigo, você vai conhecer alguns dos principais processos aos quais o café é submetido até chegar na sua xícara!
Entenda o papel do grão no sabor do café
Como já explicamos em outro artigo aqui no blog, o mercado trabalha, basicamente, com dois tipos de grãos cujo cultivo é destinado ao consumo: o arábica e o robusta. Diferenças entre o cultivo, a colheita e até mesmo o clima da região em que esses cafés são plantados contribuem para criar os traços únicos que cativam o paladar de tantos consumidores mundo afora.
Contudo, talvez o processo mais conhecido — e um dos mais importantes, claro — na hora de determinar o sabor do café é o tipo de torra pela qual passam os grãos. Isso porque o perfil de torra vai impactar na valorização de todas as qualidades sensoriais que os grãos oferecem, seja arábica, seja robusta. Consequentemente, o aroma, o sabor e até mesmo a coloração da bebida se transformam.
No mercado do café, esse processo é chamado de torrefação e, basicamente, transforma os grãos verdes por meio da exposição a temperaturas elevadas. Aqui, o tempo de exposição ajuda a criar diferentes tons e potências de sabor, amenizando ou ressaltando características como aroma, acidez, doçura e amargor, por exemplo. Predominantemente, essa torra é dividida em três categorias:
1 – Torra clara
Na torra clara, o grão fica menos tempo dentro do torrador e, por isso, não desenvolve aquele leve gostinho mais acentuado, característico dos cafés mais amargos. Assim, fica mais fácil identificar os aromas finos e delicados naturais do grão, especialmente considerando que a torra clara não elimina os óleos essenciais durante o processo, garantindo um café mais encorpado e aveludado.
2 – Torra média
Nem muito intensa, nem muito suave, a torra média foi desenvolvida para assegurar um café mais equilibrado: características sensoriais, amargor, aroma, acidez e corpo são balanceados para ajudar na produção de uma bebida poderosa e intensa sem abrir mão de um aroma refinado e de uma textura agradável.
3 – Torra escura
Como o nome já diz, a torra escura é resultado de um processo de torrefação mais forte, resultando em grãos de cor marrom escuro e em uma bebida mais potente, com menor acidez e mais amargor. Também preserva parte dos óleos essenciais dos grãos, o que ressalta o aroma e o sabor do café.
Cabe lembrar que cada grão se comporta de uma maneira específica durante esse processo. Ou seja: os tipos de torra de café são fatores decisivos para a formação das características de aroma e sabor da bebida, o que mostra que cada variedade de café tem seu ponto ideal, do mais básico até o mais premiado dos grãos!
Depois da torra, é chegada a hora da moagem
Engana-se quem pensa que, depois de torrado, o sabor do café está definido e fim de papo. Isso porque a etapa seguinte, que é a da moagem, também desempenha um papel extremamente importante na saborização da bebida: os grãos torrados, quando moídos, entram em um processo acelerado de oxidação, capaz de alterar, e muito, as características de aroma e sabor do café na xícara.
Não é por acaso que as grandes e sofisticadas cafeterias costumam processar os grãos apenas na hora de preparar a bebida para o cliente. Sem contar que a moagem está diretamente relacionada ao método de preparo do café. Funciona assim: a moagem final pode ficar mais grossa e granulada ou extremamente fina, dependendo do tempo de processamento.
Se o produto final estiver bem “pedaçudo”, a tendência é que seja mais difícil extrair todas as propriedades do grão, resultando em um café mais fraco, com pouco aroma e sabor fraco. Agora, se o café é moído até se tornar um pó bem fininho, fica mais fácil extrair os óleos essenciais presentes nos grãos, resultando em uma bebida mais intensa.
Mais uma vez, o segredo está em encontrar o equilíbrio para cada tipo de bebida e, claro, para aqueles que preferem comprar o café em grãos e fazer a moagem em casa, customizar o preparo de acordo com suas preferências pessoais! Aliás, quando o assunto é a personalização do café, informação nunca é demais, certo? Então anote aí: na prática, existem cinco tipos tradicionais de moagem:
Extrafina: Sua textura lembra o trigo ou a maizena, um pó bem macio e extremamente fino. Esse tipo de moagem é utilizado em métodos específicos de preparo que não envolvem a filtragem do pó, como é o caso do café turco, que é dissolvido diretamente na água.
Fina: Essa espessura é aquela mais comum, geralmente encontrada nas prateleiras de qualquer supermercado. É ideal para cafés filtrados em papel ou pano.
Média fina: Uma moagem mais semelhante ao sal, com grânulos um pouco maiores do que o café normal. É utilizada principalmente em máquinas manuais de espresso profissionais.
Média grossa: Essa textura é bem parecida com areia ou açúcar cristal. É um tipo de moagem comum para cafeteiras italianas e resulta em um café saboroso e encorpado.
Grossa: Aqui, temos o mais “pedaçudo” dos estágios, com grânulos quase no formato de flocos de aveia. Utilizado em preparações específicas, a exemplo da prensa francesa, ele oferece um café mais suave e aromatizado.
E então, ficou mais fácil entender como se determina o sabor do café que chega até a sua xícara? É verdade que existem diversas variáveis que, de uma forma ou de outra, também podem afetar o sabor final da bebida — falaremos delas aqui no blog da Intercoffee, fique ligado! —, mas conhecendo melhor o processo de torra e de moagem, certamente você já está por dentro de dois indicadores importantíssimos!
Ah, e se você é um apaixonado por café em grãos e gosta de fazer a própria moagem, temos duas dicas muito legais: o Café América Gourmet, resultado de uma seleção de grãos 100% arábica, de torra cuidadosa e moagem média, que o tornam encorpado, com notas achocolatadas e aroma envolvente; e o Café América Premium, uma combinação criteriosa de grãos com processo de torra cuidadoso que resulta em uma bebida encorpada e levemente ácida.
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